O rio Rhône é o segundo maior da França, nasce na Suíça e forma o famoso Rhône vale, onde podemos encontrar belos exemplares de 100% Syrah. Começamos nosso dia em uma das mais famosas regiões do Rhône, Hermitage. Hermitage é um pequeno monte de onde saem excelente vinhos, um pedaço de terra disputado entre os produtores. No topo de Hermitage, se tem uma bela vista do rio Rhône. Nossa primeira parada foi na Maison Paul Jaboulet Aîné, onde degustamos ótimos vinhos! É quase unânime na região, que um bom Syrah deve ser acompanhado de um ótimo prato, uma boa combinação abre as características do vinho e cai muito melhor que tomado sozinho. Por isso almoçamos logo após a degustação para sentir a diferença, e que diferença! Pegamos um prato de Gambas, uma espécie de camarão querendo ser um lagostim, para tomar com um branco. Pedimos também um Magret de Canard, peito de pato, para tomar com um tinto, ambos de Hermitage, 2012. Rhône é dividido em Norte e sul, sendo o sul voltado mais para os Blends e o Norte mais para Syrah. Existem diferentes apelações geográficas que vão mudando de acordo com a paisagem, cada região recebe sua específica apelação, como Hermitage, Crozes-Hermitage, Condrieu, etc. Os vinhos com tais apelações são considerados “Crus”. Olhando o mapa abaixo, fica um pouco melhor de se entender. Tirando Chateauneuf du Pape, no sul, o norte é mais famoso por seus vinhos e apelações. Quem não qualifica-se nas 16 específicas apelações da região, que contam com os vinhos mais caros, levam o nome de Côtes du Rhône AOC, ou Côtes du Rhône Villages AOC. Como o Norte possui vinhos mais conhecidos, estas duas últimas apelações se aplicam mais para o Sul. Continuando nossa visita em Hermitage, provamos vinhos na Cave de Tain e M. Chapoutier, dois grades e respeitados da região. No caminho paramos em um pequeno produtor local, onde o Winemaker é uma mulher, que põem seu nome nos rótulos do Domain Betton. Longe da tecnologia dos grandes, Cristelle nos recebeu muito bem e nos contou mais sobre a região e sobre seu trabalho artesanal. Do lado esquerdo do rio, degustamos os vinhos do domínio Dela. Belos vinhos e fomos muito bem recebidos pelo relações públicas da empresa, que nos brindou com vários exemplares da casa. Fomos presenteados com um tasting do vinho mais famoso da empresa e que não é servido nas degustações, o famoso Les Blessards. Um vinho produzido com uvas cultivadas somente em um pedaço específico de Hermitage. Subimos até Côte-rôtie, uma região mais ao Norte, onde fomos visitar E.Guigal, um dos ícones dos vinhos de Rhône. Os vinhos Syrah de Côte-rôtie tem por característica serem mais “redondos”que o Hermitage em termos de tanino. Os de E.Guigal tem um aroma característico de cravo, que se destaca entre outras especiarias do Syrah. Rhône foi maravilhoso! Agora é atravessar Lyon, para conhecer os vinhos da uva Gamay, em Beaujolais.
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Andre & Karla
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