Os vinhos da Alemanha possuem algumas classificações, duas delas são bem importantes para identificarmos o que estamos tomando. A primeira é ligada a qualidade do vinho, relacionada geralmente ao tempo que as uvas são colhidas. Se são colhidas mais cedo, resultam em uvas não tão maduras, com menos açúcar, gerando vinhos mais leves e com menos álcool. Porém notem que a colheita tardia, produz uvas extremamente doces, com um ambiente não favorável a fermentação, gerando vinhos doces e com baixo teor alcoólico. O vinho base se chama Kabinett, seguido por Spatlese, Auslese, Beerenauslese, Trockenbeerenauslese e Eiswein. Mas a outra classificação seja talvez a mais interessante para entendermos o que estamos comprando, é a que fala o grau de doçura do vinho. Trocken, seco com até 9 gramas de açúcar residual. Halbtrocken, semi- seco com até 18 gramas de açúcar residual. lieblich, mild or restsüß, semi doce (geralmente não aparece nos rótulos) süß or edelsüß, doce (geralmente não aparece nos rótulos) Existe ainda uma classificação obscura quanto a doçura, que se chama Feinherb. Dificilmente encontrada nos livros, porém comum aqui na Alemanha, é uma classificação aberta e não oficial, ou seja, pode ser de seco a doce, geralmente com um pouco mais de açúcar que o halbtrocken. Na França, você não encontra o grau de açúcar nos rótulos, pois sabe que vai encontrar vinhos secos. Porém na Alemanha, se você não encontrar nenhuma destas classificações no rótulo, prepare-se para um vinho doce. Conferimos de perto estas variações tanto nos vinhos brancos quanto nos Rotwein (tintos), pois fomos convidados para um tour enogastronômico, caminhando pelas vinicolas locais, acompanhados por um chef de cozinha. Muito interessante caminhar entre as adegas, conversar com os donos, conhecer e desfrutar da culinária local. Destaque da noite foi a ovelha cozida por 21 horas e o vinho Quadriga Rotwein-Cuvée, um vinho tinto composto por 4 uvas. Quadriga leva as uvas Acolon, uma variedade Alemã, oficializada somente em 2002, além de 3 cabernets (Cubin, Dorsa e Dorio). Estas 3 Cabernets são criações de um instituto alemão que em 1971 cruzou algumas variedades com a Cabernet Sauvignon. Este vinho, apesar de ter 15 gramas de açúcar residual, parece seco na boca, com taninos suaves e agradável de beber, muito balanceado! No dia seguinte ao evento, fomos convidados a voltar a vinícola para degustar alguns outros vinhos, vinhos que somente são encontrados em uma especifica região da Alemanha! Fomos muito bem recebidos pelo Marcus, o dono da vinícola, que nos proporcionou uma degustação comentada com base em livros sobre as uvas Alemãs, uma aula. Provamos mais de 10 vinhos, Icewine, brancos, tintos e uma outra uva de origem Austríaca nos chamou a atenção, foi a Zweigelt! No Final fomos presenteados com uma garrafa do vinho que mais gostamos, o Quadriga. Os produtores da região de Laufen se orgulham por terem uvas que só eles produzem, um belo exemplo está na vinícola que estamos trabalhando, a Shlumberger. Somente eles produzem um vinho com a uva chamada Huxelrebe, uma uva que produz vinhos Top Class, procurado por muita gente na Alemanha, pela alta qualidade e produção reduzida. Uma dica final... Procure vinhos Alemães que tenham a cápsula que envolve a rolha dourada, estes são considerados os melhores pelos produtores.
Com estas informações fica um pouco mais fácil comprar os vinhos Alemães certo?
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Andre & Karla
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