Um passeio de Maria fumaça, Epopeia Italiana e a famosa Rota dos Espumantes, explicam melhor esta “afirmação”. Depois de um dia pelo vale dos vinhedos, relaxamos no SPA do vinho e na manhã seguinte saímos para um passeio na famosa Maria Fumaça. O passeio de Maria Fumaça passa pelas cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Carlos Barbosa. Em um percurso de 23km, realizado em aproximadamente 1:30 min, em um verdadeiro retorno ao passado onde os costumes das 3 cidades colonizadas por imigrantes Italianos, são retratados no passeio de trem. Na partida e durante o trajeto, você pode celebrar a cultura italiana e realizar degustações de vinho, suco de uva e espumante Moscatel. O ponto alto do passeio fica pelas apresentações nos vagões, números típicos italianos e gaúchos, trazem você mais perto da cultura e costumes da região. Chegando no ponto final, o ônibus da empresa Giordani turismo estava nos esperando para o retorno. O roteiro se completa com a visita ao Parque Temático Epopeia Italiana, onde um grande espetáculo cênico conta a história real de um casal de imigrantes italianos que conseguem prosperar em nossas terras. editar. O passeio inclui degustação de vinhos, suco de uva e biscoito colonial. Depois de um almoço regado a galeto, fomos conhecer a rota dos espumantes em Garibaldi, que fica a 16km de Bento Gonçalves. Quando a cidade de Garibaldi inaugurou a Rota dos Espumantes, criou uma forma alegre e sofisticada um roteiro com 20 vinícolas, para contar histórias sobre o finesse das bebidas nobres e degustar uma das bebidas mais promissoras do Brasil, o espumante! Nosso começo de passeio já foi interessante… O guia nos falou: “Agora vocês vão provar Champagne!” Ai comentamos: Champagne da França? Não seria espumante de Garibaldi? E ele responde com um baita sorriso: “Não, não… Champagne de Garibaldi, vamos visitar a vinícola Peterlongo” Pois bem, Peterlongo é a própria história centenária do espumante no Brasil. Em um pequeno castelo de traços franceses fica a cantina e a cave, edificada ao lado da residência da família. O ambiente subterrâneo da cave com o charmoso túnel, foi pensado para combinar, de forma ideal, a umidade, a iluminação e baixas temperaturas, fundamentais para a elaboração do espumante pelo método champenoise. Hoje, entre as pedras e as pipas da cantina, foi criado um museu que conta histórias e que mostra as ferramentas, instrumentos e outros aparelhos rudimentares que foram utilizados na elaboração do primeiro espumante comercializado no Brasil. Justamente por ser o primeiro espumante e estar usando o nome Champagne antes da lei que restringia o uso desta expressão apenas a região de Champagne, na França, Peterlongo adquiriu o direito de chamar, no Brasil, os seus espumantes de Champagne, sendo o primeiro e único Champagne brasileiro. Destaque para a melhor espumante da casa, digo, a melhor Champagne: Elegance Champagne Nature. Com 24 meses em contato com as leveduras, traz o toque característico de manteiga e pão torrado, encontrado nas melhores Champanhes. Nature significa a mais “seca”(que na realidade nao se chama seca, pois seco é uma das categorias) da categoria Champagne, são as com menos açúcar por litro, ou mais conhecidas por não ter adição de açúcar. Compare abaixo o teor de açúcar entre os espumantes Brasileiros com Champagne, Cava e Prosecco. Saindo dessa tabela ainda encontramos o famoso Moscatel, muito encontrado na região, popular entre as mulheres e ficou entre os melhores do mundo, representado pelo Moscatel da Casa Perini. O Vinho moscato espumante ou Moscatel Espumante possui um teor alcoólico de 7% a 10% em volume e no mínimo 20 gramas de açúcar remanescente. As diferenças entre o moscatel espumante e os espumantes clássicos são notórias: Matéria prima: exclusivamente a uva Moscatel. Graduação alcoólica: 7 a 10% em volume Açúcar: sempre na categoria doce, entre 70 e 80 gramas por litro. Nunca espere um Moscatel Espumante brut, NÃO EXISTE. Saindo da Peterlongo fomos ao museu de Garibaldi onde tivemos um tour guiado, com entrada gratuita. Bem interessante! Independente de qual vinícola você escolha visitar, na rota dos espumantes, o turista poderá conhecer a história dessa bebida, que chegou a cidade em 1913, quando foram elaborados os primeiros espumantes brasileiros. Além disso, é possível acompanhar técnicas de elaboração, como charmat e champenoise, além de participar do processo de engarrafamento e aprender a degustar a bebida. Vale a pena!
Se quiser entender mais sobre os processos, diferenças nos métodos de elaboração e um pouco mais sobre a história das champanhes, clique no link abaixo e confira nossa visita a região de Champagne na França: http://www.locoporvino.com/blog/um-pouco-de-tudo-sobre-champagne Enfim, com esta base de comparação, podemos afirmar que se você vive no Brasil, antes de uma viagem a França, deve visitar as vinícolas brasileiras e degustar os espumantes locais, pois existem produtos fantásticos escondidos pela rota dos espumantes brasileiros. Finalizamos nossa viagem com os vinhos de Pinto bandeira e vamos contar tudo no próximo post. Salud!
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Andre & Karla
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