Passamos por Lyon e logo chegamos em Beaujolais! No começo um pouco perdidos pelas diferentes regiões, separadas por minutos dirigindo, mas é fácil se achar colocando Lyon e Dijon como referências de Norte e Sul. No primeiro dia, paramos para jantar em um restaurante local e descobrimos que o dono era professor de Enologia em Beaujolais. Imagine, somente nós no restaurante, a esposa do dono na cozinha fazendo pratos incríveis, na mesa queijos da região e o papo: Vinhos Beaujolais! Os Beaujolais geralmente não são muito apreciados, por serem vinhos jovens, muitos sem envelhecimento em carvalho e sem muito tanino. Porém, os Beaujolais mais conhecidos geralmente são os de baixa qualidade, são os classificados como Beaujolais ou Beaujolais Villages. Os melhores são os CRU, 10 regiões consideradas as melhores de Beaujolais e lavam seus nomes no rótulo. No mapa abaixo temos as 10 regiões TOPs de Beaujolais. São conhecidos no mundo do vinho, por serem 100% produzidos com a uva Gamay e com o método de Maceração carbônica, onde as uvas não são maceradas para a fermentação alcoólica e são colocadas inteiras nos tanques de fermentação. Uma reação enzimática provoca o início da fermentação dentro das uvas intactas, o que provoca que as uvas arrebentem por si só. Existem também uma outra categoria de Beaujolais, chamada de Nouveau. O Beaujolais Nouveau, é um vinho produzido antes que os outros, engarrafado apenas algumas semanas após a colheita e deve ser tomado jovem. Uma grande festa, na terceira Quinta-feira de novembro, anuncia a chegada do Beaujolais Nouveau. De acordo com leis francesas, o vinho não deve ser liberado antes das 12:01 da tal Quinta-Feira. Visitamos o Chateau lá Chaize, onde a alguns metros de profundidade, provamos alguns exemplares de Beaujolais em um clima Medieval. No Chateau Bonnet, fomos até convidados para participar da colheita final do ano. Destaque para o Julienas 1047, leva este número em referencia aos dias que fica no barril de carvalho. Na visita ao Chateau Julienas , provamos o Claudet Condemine, que nos chamou a atenção e foge das características leves e frutadas dos Beaujolais. Um vinho 100% prensado, ou seja, as uvas são amassadas para extrair todo o suco, consequentemente as cascas liberam mais tanino, criando um vinho mais robusto e raramente encorpado para um Beaujolais. Ele é feito com uvas de vinhas com mais de 50 anos e guardado em carvalho por 12 meses, gostamos! Um vinho que marcou nossa visita, foi o 2003 Prestige George Duboeuf, AOC Moulin-à-Vent, com uma cor de tijolo e um sabor posterior permanente de pão, este vinho só foi encontrado nas salas de degustação da empresa, um achado. Junto coma degustação, fizemos a visita ao museu do vinho e ao terraço da empresa, de onde se pode ver boa parte das nobres regiões de Beaujolais. No próximo post continuaremos subindo Burgundy, em busca dos famosos Pinot Noir e Chardonnay.
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Andre & Karla
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