Em Burgundy, já demos de cara com a famosa placa “Route des Grands Crus”, uma rua. que passeia entre as mais famosas apelações e de onde saem os famosos Pinot Noir e Chardonnay. Nossa primeira parada foi em Beaune, o coração de Burgundy, onde fomos muito bem recebidos na Mason Joseph Drouhin. Fizemos um tour de mais de 2 horas, pela casa que guarda muitas histórias, umas das mais antigas de Beaune. Tivemos a oportunidade de conferir de perto, onde os franceses construíram paredes falsas, para esconder seus vinhos da invasão alemã. Acredita-se que ainda hoje, existam muitas paredes que guardam vinhos, que seriam considerados verdadeiros tesouros. Para entendermos melhor as apelações de Burgundy, necessitamos de um mapa. Note que as regiões mais ao sul produzem mais Chardonnay e ao Norte mais Pinot Noir. Dentro de cada região existem sub-regiões, por exemplo, em Côte de Nuits, considerada "Les Champs-Elysées" de Bourgogne, encontramos sub-regiões como Vosne-Romanée, Grevey Chambertin, Vougeot, etc. Que guardam terras produtoras de Grands Crus. Os vinhos são classificados de acordo com o pedaço de terra que são produzidos. Foi estipulado que um vinho Grand Cru, deve ser produzido apenas em 33 regiões de Burgundy, representando menos de 2% da produção total. Logo, temos o Premier Cru, Village wines e regional wines, sendo que o último, apesar de ser a mais baixa classificação, produz mais de 50% dos vinhos de Burgundy. Continuando nossa rota, visitamos a Louis Jadot, também em Beaune. Lá, demos uma volta pela sala de fermentação e logo descemos ao Cellar, onde então provamos mais de 20 vinhos direto dos barris, uma experiência fantástica, onde degustamos vinhos das melhores regiões de Burgundy e notamos como o solo influência na característica de vinhos produzidos da mesma forma e com as mesmas uvas. Um vinho que marcou foi o Grand Cru, Clos Vougeot 2007, um vinho que mostra as características e a fama de Burgundy. Depois de passar pelo Chateau Chassgne-Montrachet, fomos para a famosa região de Vosne-Romanée, onde está o aclamado Domínio Romanee Conti. DRC como é chamado, produz vinhos das duas melhores áreas de Burgundy, Lá tache e Romanée Conti. Seus vinhos, junto com o Chateau Petrus de Bordeaux, chegam a preços astronômicos e uma visita às estes dois grandes é algo difícil de se conseguir. A casa do DRC e a cruz que guarda a entrada das vinhas. Mas, existem produtores vizinhos que fazem vinhos fantásticos e não são vendidos a preço de carro zero. É o caso da família Rion Bernard, em Vosne-Romanée. O Domaine Rion, tem um cuidado especial na produção dos vinhos. Longe de máquinas de alta produção, eles colhem as uvas manualmente e a única seleção das uvas é feita no campo. Não existe outra seleção manual ou de máquinas ópticas. Tudo isso para preservar a uva e os agentes naturais que ficam em volta da casca. No processo de maceração, usam os pés, não usam agrotóxicos e tentam deixar a natureza fazer seu trabalho com o mínimo de intervenção do Homem. Resultado? Vinhos fantásticos. Após longo papo, a dona nos trouxe um terrine com trufas, que tinha feito para o marido pescar pela manhã e então nos levou com seus cachorros, para colher trufas em uma Floresta perto da sua casa, que momento! Nos empolgamos com as trufas e fomos para La Boutique des Truffes de L’Or des Valois, onde degustamos vários pratos com truffas colhidas por eles mesmos. Destaque para o sorvete de truffas, fantástico! Em Dijon, passamos o dia caminhando pela rota da coruja. Um roteiro feito pela cidade, onde você segue indicações no chão, para passar pelos pontos turísticos sem a ajuda de um guia. A coruja é o símbolo de Dijon, por ter sido encontrada em uma parede de uma Igreja. Diz a lenda que passar a mão esquerda na coruja da sorte é o traz de volta a Dijon. Bom, fizemos isso a 7 anos atrás e cá estamos novamente... Fomos ao famoso mercado Les Halles, onde você pode tomar um vinho e degustar salames, queijos locais e os famosos Macarons. Fechamos Burgundy com uma passagem por Chablis e... Chardonnay por todos os lados! Os vinhos de Chablis são conhecidos mundialmente por seu sabor mineral e pela produção da uva Chardonnay. A classificação de Chablis é simples: Petit Chablis, Chablis, Premier Cru e Grand Cru, sendo o último o melhor na classificação, produzido no melhor solo de Chablis. Recebemos uma aula sobre as regiões de Chablis no Domínio Thierry Laffay, onde também encontramos um ótimo Grand Cru, Vaudésir, 2011 com final de ervas incrível. Como era Domingo, visitamos o Domínio Régnard para provar mais alguns Grands Crus, antes de passarmos algumas horas em uma feira local, onde compramos pão, salame e cerejas em um de nossos locais preferidos, local market! O solo de Chablis guarda um enorme material fossilizado, de onde um dia já foi fundo do mar. Próxima parada Champagne!
0 Comments
Leave a Reply. |
Andre & Karla
|