Desde Osaka, pegamos um trem bala, e verificamos de perto a famosa Hiroshima. Continuando nossa trip fantástica pelo Japão, paramos em uma cidade muito conhecida pela sua vida noturna, bares e night tours, Osaka! Nos hospedamos em Shinsekai, que nos anos 90 era considerado o bairro mais perigoso do Japão. Hoje é um lugar seguro e muito procurado por turistas, principalmente por um prato típico, o Kushikatsu. Kushikatsu é feito com quase tudo, carnes, vegetais, ovos, frutos do mar, raízes ou peixes. A diferença entre Tempura e Kushikatsu, esta em que a massa do Tempura é feita com água, farinha e ovos. Já no Kushikatsu, farinha de rosca é agregada a massa, e então frito. No caminho para nosso night tour, paramos em um mercado em que era servido carne de baleia e de baiacu venenoso, sendo que apenas alguns especialistas sabem limpar o peixe sem contaminar a carne. Seguindo em frente, o ponto de parada noturno, sem dúvidas, se chama o bairro de Dotombori. Lá você encontra casas especializadas em Dumblins. Uma massinha, estilo de pastel, cozida no vapor e geralmente recheada com carne de porco. Uma pedida imperdível é o Sushi de Matsusaka beef. Um tipo de carne proveniente da região de Matsusaka, considerada junto com Kobe beef e Omi beef, as 3 melhores carnes do Japão. Uma peça de sushi sai por $5.80 dólares. Outro prato famoso por ter origem em Osaka (Também típico em Hiroshima) é o Okonomiyaki. Consiste em uma massa de pancake, com recheio de ovos e repolho, cobertas com Otafuku (um molho estilo Worcestershire) e pode ser chamado de pizza Japonesa. Você também encontra muitos bares onde pode provar diferentes tipos de Sakê ou Whisky Japonês. Enfim Dotombori é isso aqui... No outro dia, trem bala para Hiroshima! Em agosto de 1945, uma bomba nuclear que levava o nome de Little boy, foi lançada por um avião americano B-29, chamado Enola gay, atingindo a cidade de Hiroshima, matando ao todo 200.000 pessoas. Visitamos o exato ponto em que a bomba explodiu, a 600 metros do solo, encima do Shima Hospital, onde hoje existe uma placa marcando o local. A explosão gerou uma onda de calor de até 4000 graus Centígrados, ventos de 440 metros por segundo (Para se ter uma idéia, o maior furacão já registrado atingiu 85 metros por segundo), fulminando mais de 90% das 76 mil construções da cidade. A onda de destruição matou instantaneamente 80.000 dos 420.000 residentes de Hiroshima, ao final daquele ano, o número subiu para 141.000, devido à radiação, e finalmente após alguns anos, chegou a um total de 200.000. Imagine o caos, sendo que 270 dos 298 hospitais da cidade foram destruídos e 1654 doutores, dos 1780 registrados, foram mortos no ataque. No dia 15 de Agosto, Japão se rendia, apenas alguns dias depois da Alemanha, praticamente selando o fim da segunda guerra mundial. Em 1958, após uma grande recuperação e com a meta de transformar Hiroshima em um memorial, a cidade volta a ter 410.000 habitantes, equivalente ao mesmo número pré-guerra. Hoje é um ponto de visita famoso, sendo a A-bomb Dome, um dos símbolos da cidade. Do outro lado da rua está a Flame of peace, ou chama da paz. Em 1 agosto de 1964, com a esperança de um mundo sem armas nucleares, a chama foi acesa, e só será apagada quando as armas nucleares forem abolidas mundialmente. Hoje Hiroshima recebe visitantes do mundo todo, em busca de abraçar a cidade, conhecer um pouco mais sobre sua história e provar algumas delícias locais. Uma delas, são as ostras grelhadas de Hiroshima, que para os Japoneses, são as melhores do mundo. E com uma ostrinha vai um vinho local certo? Um ponto muito famoso na cidade, é prédio com vários andares, destinados apenas a pequenos restaurantes que servem um único prato Okonomiyaki, aquele que provamos em Osaka. O local se chama Okonomimura. Diferente de Osaka, o de Hiroshima leva um ingrediente extra, macarrão! E como cada cidade tem um lugar especial, Hiroshima tem a ilha de Miyajima. A 45 minutos de ferry, você chega na Ilha mais sagrada do Japão, com templos antigos e considerada um dos 3 mais bonitos cenários do País. O Itsukushima Shrine, o portal que guarda a ilha, foi colocado ali em 1168 (outros modelos existiram ali desde o século 6, mas foram destruídos) por Taira no Kiyomori, em agradecimento as Deusas que lhe deram poder, saúde e riqueza. Kiyomori foi quem estabeleceu a primeira administração dominada por Samurais. Em torno do Shrine, e na sua base, podemos encontrar milhões de moedas deixadas por devotos, geralmente de 5 yen, que se pronuncia “Goen”, o mesmo que bom destino. Uma visita de 2 dias a Hiroshima, equivalem a alguns livros lidos, recomendamos!
Arigato!
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Andre & Karla
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