Bem vindos a Heidelberg, a cidade da Alemanha que abriga o maior barril do mundo! Nos nossos finais de semana, procuramos pegar um trem e sair desbravando a Alemanha. Desta vez escolhemos Heidelberg, onde provamos os raros Icewines. Icewine (Eiswein em Alemão) é um vinho raro pela dificuldade de produção. As uvas são colhidas congeladas e imediatamente prensadas! Para receber o nome de Icewine, as uvas devem ser colhidas logo pela manhã, a uma temperatura de -7 graus Celsius. Quando prensadas, o açúcar e os sólidos não se congelam, apenas a água, gerando um suco extremamente concentrado e doce, porém em menor volume. Estes vinhos, produzidos na Alemanha, possuem baixo teor alcoólico, entre 6 a 10%, gerando um vinho agradável, principalmente se feito com Rieslings. Somente na Áustria, EUA, Alemanha e Canadá, são usadas as técnicas naturais de congelamento para fazer o Icewine. Em alguns outros países, as uvas são congeladas por máquinas para copiar o efeito. O verdadeiro Icewine, possui lei que fiscaliza a temperatura ideal para a colheita! O Icewine é um vinho caro pois a produção é pequena, de alto risco e é preciso deixar funcionários disponíveis para a manhã da colheita, que pode ser qualquer dia que a temperatura esteja a -7 ou mais baixa. Ao contrário dos vinhos fortificados, a fermentação dos Icewines finaliza sozinha, sem a adição de álcool, pois um ambiente com muito açúcar não é ideal para os fermentos, que paralisam a fermentação sem que todo o açúcar vire álcool, criando assim um vinho com baixo teor alcoólico e muito açúcar. Dentro do castelo de Heidelberg, provamos o Icewine de Riesling, realmente é um vinho especial para sobremesas e queijos fortes. Ao contrário do Sauternes, as uvas não podem ser afetadas pelo Noble rot, somente uvas saudáveis são utilizadas no processo, gerando um equilíbrio do doce com alta acidez. Também fizemos uma degustação de 3 Rieslings, a uva número 1 da Alemanha. Provamos um seco, semi-doce e doce, destaque para o semi-doce, feito com Rieslings de cascas vermelha. No mesmo castelo está o maior barril do mundo, realmente gigante, chamado de Heidelberg Tun, com capacidade de 220,000 litros. Antigamente os impostos eram pagos com bens. Quem produzia vinho, pagava com 10% da produção total. Sendo assim, construíram este enorme barril para colocar os impostos recolhidos. Heidelberg é uma cidade que vale a visita, linda, movimentada, público jovem, bares e restaurantes por todos os lados e muita história. Quanto a gastronomia, destaque para o sorvete feito em forma de pétalas, que pode ser feito com quantos sabores você escolher, acabando com aquela dúvida na frente do balcão de sorvetes. Porém o doce mais famoso se chama Heidelberg Kurfürstenkugel. Uma bola de massa fina, recheada com creme e coberta com chocolate, doce tradicional de Heidelberg! Prost!
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Andre & Karla
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