Com castelos por todos os lados, Pomerol e Saint-Émilion confundem-se em meio aos vinhedos! Pomerol, apesar de não estar na classificação oficial de vinhos de Bordeaux, criada em 1855 (que vamos falar no próximo post), assim como outros “injustiçados”, tem vinhos tão bom quanto os Crus-classés de Médoc. Começamos a visita pelo Chateau L’Évangile, situado nada menos entre o vinho mais caro do mundo, Chateau Petrus e o famoso Cheval Blanc. Seus vinhedos ficam lado a lado destes dois visinhos, ou seja, vem coisa boa por ai... Dos mesmos donos do Château Lafite Rothschild, L’Évangelie produz um belo vinho! Provamos a primeira linha da casa, ano 2015, considerada uma excelente safra, 86% Merlot/14% Cabernet Franc, que tinha sido engarrafado na mesma manhã e só é liberada para tasting de profissionais. Colheita manual e usam barris de carvalho novos, ou seja, apenas uma vez, e percebe-se o sabor característico! Duas coisas relevantes no processo de produção em quase todos os vinhos de Bordeaux: Os barris são esvaziados e lavados a cada 3 meses (chamado racking) e o processo de "purificação" usa um produto natural, clara de ovo! (Processo chamado Fining) De duas a cinco claras são batidas em neve e misturadas manualmente ao vinho, a clara se une as particulas em suspensão e caem no fundo do barril, onde são retiradas do vinho. Este processo só pode ser feito nos vinhos tintos, pois nos brancos as claras deixam vestígios de sabor. Em dois dias ficamos rodando entre Pomerol, Saint-Émilion e Pessac, visitamos Chateaux Pitray, La Conseillante, Maison Gaulhaud, Smith Haut Lafite e o mais importante Chateau Haut-Brion! Haut-Brion foi o único fora de Médoc a ser inserido na famosa classificação de 1855! Estima-se que os primeiros vinhedos foram plantados em Haut-Brion em 1426. Considerado um Premier Grand Cru, uma garrafa não custa menos de 400 Euros no Chateau e 600 Euros em restaurantes locais. Tivemos o prazer de degustar um 2007! Lembrando que vinhos desta categoria começam a ficar bons após 10 anos na garrafa, sendo que aconselhável até 30 anos de envelhecimento. Alguns Chateaux produzem o próprio barril! Feitos 100% com carvalho Francês, comprados por fora valem de 400 a 700 euros. Dióxido de enxofre é queimado dentro do barril para esterilizá-lo antes do vinho ser armazenado. Para finalizar, como nosso Hotel fica perto da região de Sauternes, uma das melhores combinações de queijos e vinhos: Roquefort e Sauternes. Próximo post terá a região de Bordeaux que guarda os melhores vinhos do mundo, Médoc!
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Andre & Karla
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