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Malbec, Cabernet Sauvignon e unas cositas mas… Mendoza nos da uma aula de vinhos!

1/28/2018

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Maipú, Lujan de Cujo e Vale de Uco, as 3 melhores regiões de Mendoza, divididas em 3 posts.
Saindo de ônibus de Santiago, como contamos no post anterior, chegamos a Mendoza, a terra dos Malbecs. Aliás, terra dos Malbecs para quem vê de fora, pois aqui dentro existem muitas outras surpresas agradáveis e que os produtores fazem questão de mostrar.

A região de vinhos de Mendoza não está no centro e sim nas 3 áreas mais famosas no cultivo de uvas, são elas: Maipú, Lujan de Cujo e Vale de Uco.

O ideal é alugar um carro e ficar no mínimo uns 3 dias em cada região. E assim fizemos…
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Em Maipú começou a aula de vinhos. Buscamos sempre por Malbec pela fama da Argentina conseguir domar esta variedade, porém a cada visita encontrávamos excelentes Cabernet Sauvignon, alguns Bonarda (Conhecida na França como Douce Noir) e uma variedade que esta despontando no país e que considero uma das melhores, Cabernet Franc.

Bonarda é uma uva que deve levar tempo na maturação, para ter toques de groselha, figos e cereja. Se é colhida muito cedo toma aromas verdes e herbáceos.

Verdes e Herbáceos é o que caracteriza a Carmenere do Chile por exemplo, mas não é algo que gostariamos de encontrar em um bom Bonarda.

Incrivelmente, é considerada a segunda variedade mais importante, depois do Malbec, na Argentina. Com taninos sempre redondos é conhecido por ser um vinho fácil de beber.

Fizemos 4 visitas em Maipú, duas delas imperdíveis e outras duas que só valem a pena se você tiver tempo.

Vamos começar com as que valem a pena, e muito…

Nossa primeira visita foi na Bodegas Lopez.

Nesta vinícola encontramos vinhos que expressam muito a característica da uva e do terroir, por um detalhe muito importante, não usam barrica de carvalho!

Hoje em dia, quase que todos os grandes vinhos passam por carvalho, porém existe uma leva de Enólogos e sommeliers, buscando por vinhos que reproduzam mais as características do local e assim “caçam” os vinhos que chamamos de “sem madeira”.

Note que na Bodegas Lopez, podem ser usados tanques de até 35 mil litros, e até 120 anos de uso, passando quase nada de madeira aos vinhos.
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Lopez foi provavelmente a surpresa mais agradável de nossa viagem, sua linha Montchenot 5 anos, fica 3 anos maturando em toneis de madeira de 5mil a 20 mil litros, ou seja, liberam poucos componentes de madeira comparadas as pequenas barricas de carvalho, que muitas vezes são novas.
Ao final, os Montchenot 5 anos, ficam mais 2 anos maturando em garrafa.

Este vinho custa apenas $12 dólares, um dos melhores custo x benefício que encontramos em Maipú.

Um dos motivos do preço baixo é o não uso de barrica de carvalho Francesa, que custa em média $1000 quando nova.

Também provamos a linha 10 anos, que fica 6 anos em tonéis de madeira e 4 anos em garrafa. Este já um vinho mais complexo, sem tanto frescor, comparado ao Montchenot 5 anos.

Detalhe que toda a linha Montchenot usa o mesmo blend com o passar dos anos, sendo Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec, com predominância da primeira.

Os vinhedos para a produção da linha Montchenot são de 1940!

Outro vinho a provar é o espumante Montchenot. Feito pelo método Charmat, com a segunda fermentação em tanques de aço inoxidável, possui as uvas Chardonnay, Semillon y Pinot Noir.

Apesar de não ser feito usando o método tradicional, traz características únicas que o colocamos como um dos melhores espumantes, em Charmat, que já provamos.
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Voltando ao tema dos grandes tanques de madeira, vez ou outras eles são lixados, para remover a camada de cristais que o vinho vai deixando com o tempo, por isso são tão grossos.
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Para fazer este trabalho, uma pessoa entra no barril com mascara de oxigênio e trabalha em trono de 20 minutos. Acreditem ou não, eles entram por esta portinha...
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Bodegas Lopez foi uma das melhores degustações, excelentes vinhos e um belo passeio, incluindo visita a cava de vinhos antigos que um dia foram inundados e hoje ainda encontram-se a venda. Garrafas de 1938, por exemplo, ainda guardam vinho vivos, pois dado um período de tempo as rolhas são trocadas e a qualidade dos vinhos analisadas.
E se não bastasse, possuem um restaurante fantástico! Vale muito a pena fazer a reserva e almoçar após a visita.
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Se me perguntassem qual bodega a visitar em Maipú, seria essa, Bodegas Lopez.

Em seguida fomos a famosa El Enemigo, onde você deve marcar hora para o almoço, que pode ser degustado com toda a linha da vinícola, 9 taças e que você pode repetir quando quiser.

Duas pessoas, escolhendo a degustação premium e almoço, sai $155 dólares. A costela de boi e copa de porco em cocção lenta, são os pratos a serem provados.
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Mas lembra que falamos da Cabernet Franc como uva da moda? Pois é, ela e mais que isso, na Argentina chamam de o fetiche dos Enólogos.

Em Saint Emilion, na França, apesar de não encontrarmos 100% Cabernet Franc, é onde a uva parecia se adaptar melhor, parecia… pois agora os argentinos produzem exemplares 100% Cabernet Franc (ou 85% para cima, pois se a garrafa possui 85% ou mais de um tipo de uva, pode ser considerado varietal na Argentina) e são os vinhos do momento.

Cabernet Franc é o pai da Cabernet Sauvignon, que foi um cruzamento de Cabernet Franc e Sauvignon Blanc. Possui taninos mais amáveis que os Cabernet Sauvignon e tem uma característica que agrada a muitos, altos níveis de Piracinas, o mesmo componente que traz aromas de pimenta e pimentão vermelho e verde aos Camernere Chilenos.

Em resumo se você gosta de Carmenere, vai amar Cabernet Franc. E onde prova-los em Maipú? Na El enemigo, sem sombras de duvidas, com o enólogo pop, o Messi dos vinhos...

El enemigo é uma vinicola que tem as mãos de Alejandro Vigil, Enólogo chefe da famosa Catena Zapata e que tem um Cabernet Franc que teve a maior pontuação dada por Robert Parker (100 pontos), até hoje, para um Cabernet Franc, na America do Sul. Note que apenas 230 caixas foram produzidas desta preciosidade.

O exemplar se chama El Enemigo Gualtallary, com taninos finos, caráter frutal e um toque de erva bem trabalhado, o que levara Parker a considerar o vinho “extraordinário”. Em sua vinificação, com intuito de preservar a fruta, nao foram usadas barricas novas no processo e sim, ovos de concreto, barricas francesas usadas e finalmente tanques de 3000 litros, que não acobertam as características dos vinhos com madeira.

Essa é uma parada obrigatória, apesar de caro, você tem a oportunidade de provar os 5 vinhos Cabernet Franc mais famosos da Argentina, todos single vineyard, são eles: Agrelo, El cepillo, Chacayes e Gualtalary (Todos Cab Franc) e Gran Enemigo (blend que varia a proporção de Cab Franc, Cab Sauvignon, Merlot, Malbec e Petit Verdot, ao passar das safras). Este almoço harmonizado, onde você provavelmente vai encontrar Alejandro Vigil caminhando entre as mesas, junto com o almoço harmonizado nas Bodegas lopes, são provavelmente as melhores experiências eno-gastronômicas da Argentina.
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De brinde, ainda provamos alguns Malbecs da vinícola tinto Negro, completando 12 vinhos degustados, show!
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A El Enemigo usa uma forma relativamente nova de vinificar seus vinhos. São os “ovos”de concreto, que fazem quase o mesmo serviço dos grandes tanques de madeira.

As maiores diferenças estão em um vinho sem influência da madeira, “neutros” e em que os ovos de cimento não precisam ser limpos, pois o composto de que são fabricados não absorve o vinho durante a fermentação ou maturação.

A similaridade está na porosidade do cimento, que libera a entrada de oxigênio muito parecida ao poros da madeira.
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Seguimos a outras duas famosas vinícolas, A Trapiche, uma das maiores da Argentina, com um museu, muita história, belas vistas, mas a degustação deixa a desejar.
A vinícola leva este nome, pois o aparato usado para prensar as uvas após a fermentação se chama trapiche!
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Depois fomos para a La Rural, considerada uma das mais antigas, também com um museu, você troca o ticket do tour por um voucher na loja, onde pode comprar uma garrafa ou degustar vinhos mais caros. Muito turística, só vale a visita se tiver tempo.

​No ano 1885, Felipe Rutini mandou a construir uma vinícola à que chamou La Rural. Nesse mesmo ano, com a chegada da ferrovia à província, o transporte do vinho logrou agilizar-se, impulsando a indústria.Rutini foi o primeiro a colocar videiras no Alto Valle De Uco e utilizar inovadores processos de elaboração, o que permitiu à vinícola construir um sólido crescimento ao longo da história.
Atualmente, La Rural é um dos mais importantes produtores de vinho de alta qualidade do mundo.
Restaurantes são um poucos raros de se encontrar, então uma das opções é parar em casas que vendam empanadas. Encontramos uma que se chama beer garden en los caminos del vino, empanadas e cervejaria, bom pra limpar o paladar entre as degustações.
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A dica fica em sempre perguntarem por azeite de oliva! Quase todo restaurante tem o seu, sendo um produto muito comum na região.

Se você tiver tempo extra, outros nomes a se pensar para uma visita são Domaine St Diego e família Zuccardi. Opções são muitas, você sempre vai encontrar alguém falando: Você não foi lá? Não foi nessa ou naquela?

Então façam suas escolhas que com certeza será uma excelente viagem, a maioria produz ótimos vinhos e algumas, vinhos mais que excelentes.

Agora seguimos viagem, para Luján de Cujo e Vale de Uco.

Aguardem os próximos posts que estarão imperdíveis, com dicas valiosas para quem quer visitar Mendoza.

Salud!
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    Andre & Karla
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