Frio lembra queijos e vinhos, então aprenda a harmoniza-los hoje! Sair da Flórida e ir diretamente para o Alaska é uma grande mudança, porém acostumar-se com as temperaturas com sinal negativo na frente não é tão duro quando se tem paisagens de cinema, 5 tipos de salmão selvagem e atividades que so se encontra aqui, no Alaska. Alaska é a terra dos Eskimos, um povo indígena que habita o local a aproximadamente 5000 anos. O inverno no Alaska é rigoroso, neva na maioria dos dias, temperaturas quase sempre negativas, podendo passar de -20 graus Celsius. Entre as atividades de inverno estão tours de Snowmachines, as motos do gelo, assistir a Aurora Boreal e passeios de trenós puchados por cachorros. Vocês irão acompanhar conosco como as temporadas de inverno e verão são completamente distintas, tanto em termos de duração dos dias quanto nas atividades. Chegamos no Alaska por Anchorage e já acompanhamos a largada da maior corrida de snowmachines do mundo, um evento na cidade. De lá voamos para Winterlake, o resort que vamos trabalhar no inverno e que so se chega de helicóptero ou hidroavião. Decolamos de Anchorage nevando... E pousamos em um lago congelado... De lá fomos de Snowmobile até o resort. Somos chefs e sommeliers do resort e uma de nossas responsabilidades é montar o menu de queijos e vinhos.
Vamos dar algumas dicas gerais de como fazer essa combinação de forma clara e dar uma ideia do que servimos no resort. Vamos facilitar? Queijos cremosos como Camembert e Brie devem ser servidos com vinhos suaves como Champagne, vinhos da região de Rhône ou até mesmo Chardonnay não muito “amadeirado”; Queijos duros estilo Gouda, Cheddar, Parmesano, Pecorino, Gruyere vão bem como Merlot, Cabernet Sauvignon, Chianti, Valpolicella e Sauvignon Blanc, respectivamente; Queijos Blue como Gorgonzola vão bem com vinhos mais doces como Porto, Sauternes, Riesling e Eiswein; Queijos frescos como Ricotta, Mozzarela, Cabra, Feta, combinam bem com Pinot Grigio, Sauvignon Blanc e Beaujolais. O feta também vai muito bem com vinhos doces. Basicamente o conceito de paridade está em que a comida não pode sobresair-se ao vinho, não pode ser mais “potente” que o vinho e apagar suas características. Os queijos frescos e os cremosos seguem a mesma linha de paridade, sendo acompanhados por vinhos mais frescos e suaves. Os queijos duros já possuem uma grande escala com vários níveis de sabor e envelhecimento. A dica simples para estes queijos é: Queijo envelhecido necessita de vinho envelhecido. Então podemos entrar com os pesados Cabernet, Bordeaux e Barolos. Uma boa dica está na combinação de um Cheddar envelhecido com um ótimo Chardonnay. Finalmente os nossos preferidos, os Blues. Blue cheese é a classificação geral dos queijos que possuem o fungo Penicillium adicionado no seu processo de fabricacao. (ver detalhes de nossa visita a cidade de Roquefort, na área “França” do menu geral) Um produto cremoso e de sabor forte, amado ou odiado. A melhor combinação está nos sweet wines como Sauternes, Vin Santo ou até um Moscato d’Asti. Se quiser tentar um tinto orientamos um bom Amarone. Se nos perguntarem qual a melhor combinação? Roquefort & Chateau d’Yquem! Um combo caro porém inesquecível. Sempre lembrando que o vinho deve estar na temperatura ideal para sua classe e os queijos devem estar a temperatura ambiente, ou seja, devem ser retirados do refrigerador cerca de 15 minutos antes de servir. Quanto aos vinhos, o erro mais comum é colocarmos os brancos na geladeira e deixarmos lá até a hora do jantar. Porém devem ser servidos a uma temperatura entre 7 a 13 graus Celsius, bem acima dos 2 graus dos refrigeradores comuns. Então fiquem espertos na temperatura pois conta muito! Quem nunca comeu uma pizza gelada no outro dia e sentiu a diferenca de sabor do mesmo alimento em temperaturas diferentes? Dicas: Se você não tem idéia de qual vinho servir deve ter em mente 3 coisas: 1- Um Rosé é a salvação. Leve, frutado e seco vai bem com a maioria dos queijos, especialmente com os de cabra. Se você não abre mão dos tintos e quer um para sua tábua de queijos, vá por um Pinot Noir. Indicamos o Meiomi, Pinot Noir da California, que custa em torno de $20. 2- Evite Syrah, Petit Sirah e até mesmo Cabernet Sauvignon, com estes você deve saber o que está fazendo, pois a chance de erro é grande. 3- Um dos queijos mais difíceis de harmonizarmos é o Parmesão. Aqui no resort em que trabalhamos, temos carta branca para criar e harmonizar, isso é o sonho de qualquer chef e sommelier. Com um pacote de 6 dias custando em média $10,000 por pessoa, temos que oferecer alta gastronomia com produtos locais, além de queijos de toda a parte do mundo onde harmonizamos, em sua maioria, com vinhos americanos. Este preço “salgado”, conta com pacote de bebidas, menu personalizado, atividades como passeio de Helicóptero pelas geleiras, pesca de salmão, trilhas guiadas, transporte de Hidroavião até o Resort e outras atividades que variam entre as estações de inverno e verão. Este tipo de turismo chamado “Remote lodges” e os cruzeiros na Glacier Bay, são uma das maiores atrações de um lugar de beleza preservada, chamado Alaska.
0 Comments
Leave a Reply. |
Andre & Karla
|