A mais bonita das regiões de Mendoza, nos oferece inúmeras opções de restaurantes, com almoços especiais e vinhos harmonizados. O vale de Uco fica a uns 1200 metros de altura em relação ao nível do mar, fica bem pertinho da Cordillera dos Andes e suas montanhas são parte constante da paisagem. No caminho para Uco, passamos pela bodega Ojo de vino que possui o restaurante Ojo de Agua. Paisagens fantásticas onde você pode degustar ótimos vinhos, sentado a beira dos vinhedos. A bodega produz o famoso Puro, uma linha de Malbecs jovens que são exportados em sua maioria para a Europa. Oferecem um menu com entradas, empanadas e vinhos ilimitados e sobremesas harmonizadas com Rosé de Malbec. De lá seguimos a Tupungato, região central do vale de Uco, estrategicamente entre os vinhedos. Outra opção de hospedagem seria a cidade de Tunuyan que fica a uns 20 minutos de Tupungato. Nossa primeira visita foi na famosa e promissora “The Vines of Mendoza”, um complexo de bodegas, onde produtores compram pedaços de terra para construirem suas vinícolas. A idéia do projeto é do turista estacionar seu carro e passar o dia caminhando entre as bodegas e restaurantes. Hoje o complexo conta com 5 vinícolas, em pouco tempo pretendem ser 9 e ter opções de restaurantes além de outras atrações. As mais badaladas do momento são Super Uco e Corazon del sol. Visitamos a Corazon del sol, única vinícola da Argentina que produz o famoso GSM, Blend originário de Rhône Valley, das uvas Grenache, Syrah e Mourvèdre. Na vinícola provamos muitos vinhos, Malbecs, blends de cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, comparamos vinhos direto de tanques de inox com os de barricas, tivemos a oportunidade de degustar o Gran Reserva Super Premium Malbec, etc… Mas chegamos mesmo pelos GSM. Madaiah Revana, um cardiologista Indiano, apaixonado pelo vinho e famoso por construir vinícolas nos melhores polos mundiais, como Napa Valley, Oregon e Mendoza, é o dono da Corazon del sol. Seus Cabs de Napa, chamados REVANA, já foram considerados os melhores do mundo, com um valor médio de $135 dólares e geralmente só se adquiri a partir de uma lista de espera. Em Mendoza começou a produzir seus vinhos com o renomeado Enólogo Santiago Achaval e hoje produz vinhos de parcela, microvinificados e a maioria possue base de Malbec e Grenache. O GSM que comentamos se chama Luminoso e é um vinho que se destaca. O Blend consiste em 49% Mourvèdre, 39% Grenache e 15% Syrah. Possuem 14,4% de teor alcoólico. Corazon del Sol são os pioneiros neste estilo Chateauneuf-du-Pape em Mendoza. Seus vinhos variam de $40 a $75 dólares. Saímos de lá com fome e a parada obrigatória para todos que visitam o vale de Uco de chama Bodea La Azul. Fomos extremamente bem recebidos pelo dono e sua equipe de ótimos profissionais, com atendentes que sabem tudo de vinhos e explicam muito bem o sistema, um almoço de 5 passos com vários vinhos harmonizados. Vinhos bem frescos e sem passar por barrica são a tendência, a moda entre os Enólogos. Se antigamente as barricas Francesas de primeiro uso eram obrigação, hoje vinhos mais frescos, fáceis de beber e com muita fruta entregam produtos que podem ser tomados diariamente. Esta é a proposta da Azul e possuem excelentes vinhos que só podem ser encontrados no local, devido a pequena produção. A empresa se caracteriza por ser um fornecedor de uvas para as grandes bodegas e acaba produzindo poucas garrafas, mas de qualidade, para atenderem o restaurante da vinícola. Entre os destaques está um 100% Syrah, considerado um dos melhores da argentina em sua categoria. O almoço para duas pessoas, comida típica criola, incluindo vinhos ilimitados e visita a bodega, sai como $90 dólares. A parada na Bodega La Azul, que é um dos mais populares restaurantes do Vale de Uco, é quase que obrigatória. No dia seguinte fomos a outro restaurante, Rincon Altamisque, que também é um vinhedo, mas famoso por ter em seu cardápio um ingrediente estrela e uma iguaria de Mendoza, as Trutas arco íris, que são criadas na propriedade. O dia começa com uma cavalgada de umas 3 horas pela fazenda, vistas maravilhosas, visita ao criadouro de trutas e uma garrafa de vinho no miradouro ao final do passeio. Detalhe que o cavalo que a Karla montava, resolveu tomar banho e começou a rolar na água, com a Karla encima… Foi ela, celular e tudo pra água! Depois de uns 5 minutos de uma equipe de busca, parecendo garimpeiros, conseguimos recuperar o celular, funcionando! Depois do passeio de pouco mais de duas horas, você pode almoçar no restaurante é fantástico, com todos os pratos a base de trutas e vinho incluído. Você prova Chardonnay de entrada, Malbec no principal e Espumante com a sobremesa. Destaques para a truta feita no forno de barro e o ceviche de truta. Aliás, este ceviche com o Chardonnay da casa é uma bela combinação. O almoço sai como $30 dólares por pessoa com tudo incluído! Menos o passeio a cavalo. Seguindo a odisseia gastronômica, outro restaurante que provamos foi o Domaine Bousquet, com seus vinhos orgânicos. Vinhos frescos, nenhum exemplar marcante, porém comida boa, acima da média e menu de 4 ou 6 passos com vinho incluído. A última visita de Mendoza foi a Bodega Salentein. Uma empresa gigante, com processos de vinificação bem organizados e de qualidade, como micro vinificação ou a fermentação em barrica de madeira. A visita a bodega é bem interessante, com guias muito bem informados. Os vinhos são simples, nenhum que fique marcado, porém acompanham os preços, são vinhos “honestos” e bem vinificados. Outra opção, se tiver tempo, é a Bodega Monteviejo, de Marcelo Pellereti, que já teve 100 pontos por Robert Parker em um vinho francês.
Agora voltaremos ao Chile, cruzando os Andes até a cidade de los Andes, onde mostraremos os vinhos de Aconcagua e um fim de semana desfrutando da maior piscina do mundo. Salud.
0 Comments
Leave a Reply. |
Andre & Karla
|