Um contato com os vinhos D.O. do Vale dos vinhedos. Enfim, o famoso vale dos vinhedos! Seguindo a nossa série de posts sobre o Vale dos vinhedos, vamos falar sobre os passeios imperdíveis, que realizamos na região com a empresa Giordani turismo. Em toda a nossa estadia, tínhamos passeios das 9 da manha até as 5 da tarde. O motorista sempre estava nos esperando 10 minutos antes, muito pontual, educado e nos dava uma aula de história por cada ponto em que passávamos. A empresa cuida de marcar os horários com todas as vinícolas e fazer o roteiro de acordo com sua preferência de passeio. Você esquece seu carro no hotel e vai de motorista degustar os vinhos e comidas locais, sem se preocupar com o teor alcoólico! Não existe opção melhor certo? Os passeios são muitos… ficamos 4 dias por lá e mesmo assim ficou um gostinho de quero mais. Pela manhã, do nosso primeiro dia, visitamos alguns pontos dentro do vale dos vinhedos, começando pela famosa vinícola Miolo. A Miolo fica bem em frente ao hotel em que estávamos hospedados, o SPA do vinho. Fomos atendidos por um dos responsáveis pela área de Enologia. Tivemos uma grande explicação sobre solo, modo de cultivo, uvas locais e técnicas de vinificação. Ali começamos a aprender sobre as técnicas de cultivo usadas na região e como as vinícolas trocaram o sistema latada, aquele que forma um toldo sobre os vinhedos, pelo sistema espaldeira, onde os vinhedos são plantados na direção norte-sul e recebem luz do sol durante todo o dia. Nesse formato a planta parece exatamente o que o nome diz: um tronco de braços abertos, nos dois ombros (nas espaldas) ficam os cachos das uvas. É o sistema de condução mais utilizado em todo o mundo e o considerado melhor por boa parte dos enólogos e agrônomos. Apesar do sistema Latada ser o sistema de condução mais utilizado no país, hoje são mais utilizados para a produção de suco de uva, onde se precisa de mais volume e menos qualidade. Já os vinhos finos, são produzidos com uvas de sistema espaldeira, onde se preza qualidade ao invés de quantidade. No outro post falamos sobre os vinhos D.O, mas quem são eles? O Vale dos Vinhedos, localizado entre os municípios de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul, é a primeira região do Brasil a obter Indicação de Procedência de seus vinhos finos, exibindo o Selo de Controle em vinhos e espumantes elaborados pelas vinícolas associadas. Criada em 1995, a partir da união de seis vinícolas, a Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale) já surgiu com o propósito de alcançar uma Denominação de Origem. No entanto, era necessário seguir os passos da experiência, passando primeiro por uma Indicação de Procedência antes de chegar ao D.O. Então desde 2012 os vinhos do Vale dos Vinhedos apresentam aos consumidores o selo oficial da Denominação de Origem (D.O.) Vale dos Vinhedos, outorgado pelo INPI. Mas desde muito tempo as características do terroir e o saber fazer do Vale dos Vinhedos atribuem ao vinho características inigualáveis. Para fazer parte da seleta lista de vinhos com Denominação de Origem Vale dos Vinhedos, algumas normas precisam ser atendidas como as variedades e cortes permitidos, o cultivo e a origem da uva, a forma de elaboração do produto e principalmente a qualidade deste na taça. As vinícolas que possuem rótulos com a Denominação de Origem Vale dos Vinhedos são: Casa Valduga, Miolo Wine Group, Peculiare Vinhos Únicos, Pizzato Vinhas e Vinhos, Terragnolo Vinhos Finos, Vinhos Don Laurindo, Vinhos Larentis, Vinícola Almaúnica, Vinícola Cave de Pedra e Vinícola Dom Cândido. Os produtos podem ser reconhecidos pelo selo abaixo, impresso em seus rótulos. Na Miolo provamos excelentes vinhos, com destaque para o famoso Lote 43, um blend (ou corte, como falam no Brasil) de Merlot e Cabernet Sauvignon. FANTÁSTICO! Outro que nos surpreendeu foi o Chardonnay Cuvée Giuseppe. Na Miolo ficamos sabendo um pouco mais sobre as uvas do Vale e região. Então quando se fala de Vale dos Vinhedos, falamos de Merlot, Pinot Noir e Chardonnay. Provamos excelentes Merlot, vinhos que correm lado a lado com os famosos bordeaux! Porém a fama do Brasil está sendo construída com as variedades Pinot Noir e Chardonnay, a base dos espumantes. Saindo da Miolo passamos por uma vinícola butique, a Torcello. Com produção limitada e engarrafamento manual, sugerimos a prova do antes famoso mas agora em extinção na área, Tannat. Um vinho com 15 vezes mais taninos que o Cabernet Sauvignon, que precisa de carinho e tempo para se tornar agradável. Completando nossa manhã passamos por uma biscoiteira e uma queijaria, todos produtos caseiros e locais. Nos dois lugares fomos recebidos com uma degustação de todos os produtos. Destaque para o biscoito de vinho com passas de uva e para o queijo que fica mergulhado no vinho, criando uma casca roxa escura. No período da tarde fomos ao Vale do Rio das Antas, onde visitamos a gigante Salton e a cachaçaria Bucco, além de uma passadinha em um museu em Garibaldi. Salton é famosa por seus espumantes e pelo seu vinho Talento, o escolhido pelo Vaticano em suas visitas ao Brasil. A história começa na Itália, em 1878, quando Antonio Domenico Salton partiu da cidade de Cison di Valmarino, na região do Vêneto, à procura de oportunidades melhores no Brasil. Ele se instalou na colônia italiana de Vila Isabel, onde fica a cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. A empresa foi formalmente constituída em 1910, quando os irmãos Paulo, Angelo, João, Cesar, Luis e Antonio deram cunho empresarial aos negócios do pai, o imigrante Antonio Domenico Salton, que vinificava informalmente, como a maioria dos imigrantes italiano. Os irmãos passaram a se dedicar à cultura de uvas e à elaboração de vinhos, espumantes e vermutes, com a denominação "Paulo Salton & Irmãos", no centro de Bento Gonçalves. Um século depois, a Salton é reconhecida como uma das principais vinícolas do País. Na extensa lista de conquistas destes mais de 100 anos de história comemora o fato de ser familiar e 100% brasileira. De lá fomos a cachaçaria Bucco, onde fomos recebidos com uma caipirinha e excelentes cachaças, destaque para a envelhecida na madeira aromática Amburana. Depois, uma passadinha no museu de Garibaldi, com entrada gratuita, foi uma parada obrigatória para entender melhor sobre a cultura local. Após tanta degustação, nada melhor do que voltar de motorista para desfrutar do SPA.
A Giordani turismo oferece estes e inúmeros outros passeios, como alguns que fizemos como a Maria fumaça, Rota dos espumantes, Vinhos de Pinto Bandeira, Epopéia Italiana, etc… Neste link vocês podem ter uma idéia do que estamos falando e pode ajudar você a programar seu próximo passeio: https://www.giordaniturismo.com.br Próximo post, Maria fumaça, Epopéia Italiana e rota dos Espumantes. Salud!
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Andre & Karla
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