A escolha das taças fazem parte da escolha do vinho, qual a sua preferida? Antigamente, desde Winston Churchill até Napoleão Bonaparte, todos tinham algo a falar sobre o Champagne, que começou sendo degustado como um shot de tequila, onde após a “golada”, o pequeno copo era virado sobre um prato escorrendo os sedimentos para uma próxima rodada. Note que antigamente os espumantes vinham com os sedimentos da fermentação na garrafa, até a famosa Madame Clicquot, idealizar o dégorgement. Mais sobre Champagne aqui: https://www.locoporvino.com/blog/um-pouco-de-tudo-sobre-champagne Existe um quadro de Louis XY, Rei da França, com uma memorável taça de champanhe, basicamente um bowl redondo com uma haste, chamado de Champagne Coupe. Mas de onde veio este formato?
A famosa taça de champagne tem uma origem histórica na anatomia humana. Conta a lenda que Louis XVI, neto de Madame Pompadour (amante de Louis XV), deu de presente para sua esposa, Maria Antonieta, uma taça em formato de seio, de estilo grego, que começou a ser moldada nos seios da mítica Helena de Tróia. Desde então a taça neste formato leva o nome de Maria Antonieta, que fascinada pelo Champagne, teria solicitado que este líquido, servido no palácio real, fosse brindado em taças moldadas em seu seio. Lenda ou não, a moda pegou e até Kate Moss já teve seu seio esquerdo utilizado como modelo de taça, para celebrar seus 25 anos na moda. Em meados de 1950 o famoso Flute entra em cena, ele afunila os aromas no nariz, controla o fluxo do líquido pela língua, acompanha o caminho da perlage e tornou o Champagne algo agradável também de se ver. Fomos até a fábrica da Strauss em SC e acompanhamos de perto a fabricação da taça oficial do espumante brasileiro, uma Flute escolhida por mais de 750 profissionais. Buscando variações ao Flute, testamos a Tulipa da alemã Spiegelau, uma taça que permite mais espaço ao espumante em desenvolver aromas, evita derramamentos e ainda mantém a experiência das borbulhas até o topo da taça. Resgatando algo mais voltado as taças Coupe tradicionais e levando em conta a tendência de se tomar espumante em taças de vinho tinto, a Italiana Italesse criou uma taça que mantém a perlage, porém em um recipiente mais bojudo. A linha Etoile Sparkle não leva chumbo e vem gravada com 7 pontos de perlage, transformando a taça em um vulcão de borbulhas. A vantagem de uma taça bojuda é que você tem mais superfície para apreciar os aromas da bebida. Hoje o que não faltam são taças com estilos e materiais híbridos, feitos com alta tecnologia ou ainda usando métodos tradicionais, como a marca Mozart, de Blumenau, SC. Testamos uma taça feita a mão que fica entre a Flute e a Tulipa, chamada de Gota. Ela resolve um antigo problema da Flute, principalmente algo que incomodava os homens, o famoso: “o nariz não entra na taça”. Pois é, com a gota a experiência é mais confortável para quem se sente com este problema. Mas os diferentes tipo de taças modificam mesmo a experiência? 1000% que sim!
Algumas perdem temperatura mais rápido, outras não produzem perlage, algumas dispersam os aromas, enquanto outras concentram tudo diretamente no nariz. A velocidade com que os aromas cheguem ao nariz ou passem pela boca, estão diretamente ligados aos modelos das taças. Claro que para uma experiência completa, estamos falando de espumantes feitos pelo método tradicional, como os brasileiros do D.O. De Pinto Bandeira. Pois em nada adianta taças fantásticas para produtos que não correspondem.
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Andre & Karla
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