Continuando nosso cruzeiro pelo Atlântico, chegou a hora de Marrocos, Cádiz e Málaga. O próximo porto do cruzeiro foi Casablanca em Marrocos. A dica que temos é de NÃO fique em Casablanca, pois é uma selva de pedras e você não vai perceber o real espírito de Marrocos. Como o navio ficou 13 horas no Porto, que aliás este é um dos diferenciais da Princess, eles tem o maior tempo em porto dentre as empresas de cruzeiros, fomos de Casablanca a Marrakesh. Pouco menos de 3 horas em excelentes estradas (melhores do que você possa imaginar), velocidade controlada, uma trip bem tranquila, que levam você ao coração de Marrocos, a famosa Marrakesh. Com 98% da população Islâmica, muitos ficam curiosos de como se vestir por lá, se mulheres podem ir sozinhas, se podem ser sequestradas como escravas sexuais, etc… A resposta é: Vá com um guia, se vista como quiser e fique a vontade. Como eles comentam por lá, somos turistas e hoje a religião vem evoluindo em boa parte do mundo, (claro que existem países e cidades com extremistas, mas não é o caso de Marrakesh) perdendo um pouco da força de seus dogmas e aceitando as diferenças. Mas lembre-se que isso é com os turistas, os locais ainda seguem com força as tradições de cobrirem as mulheres, não beber álcool e jejuar desde que o sol nasce até o por do sol durante o período de Ramadan. Nosso guia estava quase desmaiando no final do dia, nem água ele bebia. Aliás estas andanças pelo mundo e o contato com diferentes culturas e crenças, me levaram a escrever um livro justamente sobre as religiões, que já está saindo do forno logo, logo. Mas se optar por ficar em Casablanca, o cenário muda de figura, um lugar portuário, com muitos pontos bem pobres e que alguns amigos se sentiram ameaçados em alguns momentos. Alguns viram taxistas com facas, vendedores falando que eles poderiam entrar nas lojas tranquilamente, pois ninguém iria cortá-los, etc... Quem ficou em Casablanca não recomenda o passeio. Enfim, o tour para Marrakesh foi outra coisa, fantástico, desde o motorista ao guia. Compramos com a empresa Explore Morroco Travel: https://www.tripadvisor.es/Attraction_Review-g293734-d8089943-Reviews-Explore_Morocco_Travel-Marrakech_Marrakech_Tensift_El_Haouz_Region.html Passeamos pelas ruas estreitas de Marrakesh onde você encontra de tudo para vender, inclusive excelentes azeitonas e suco de laranja, iguarias locais que você não pode deixar de provar. Que tal uma parada para ver os encantadores de serpentes? Elas realmente dançam com a musica das flautas. Se você gosta de tatuagem mas tem medo de agulha, pode levar pra casa uma Tattoo de henna. É muito comum na cidade já que a religião não permite que os muçulmanos tenham tatuagens. Passear de Camelo, em um sol de 44 graus, é outra experiência interessante. Mas segure-se, o bicho é alto. O monumento mais bonito a ser visitado em Marrakesh se chama Bahia Palace. Um palácio impressionante com mais de 150 divisões, que foi construído por volta de 1865 e fica em Medina, a parte antiga da cidade. A comida tradicional não poderia faltar, estamos falando de Tajine, que é um cozido de legumes e carne (frango ou cordeiro), tajine também é o nome da panela de barro em que o prato é preparado. Outro prato tradicional é o cuscuz. Onde a farinha de milho grossa é cozida com temperos e especiarias, uvas passas, cebolas caramelizadas e legumes. O passeio pela Medina, finaliza na praça Jamaa El Fna, onde você vai encontrar encantadores de cobras, chamados Snake Charmers, muito suco de laranja, azeitonas, Tattoo de henna e barraquinhas de locais. Não Deixe que a longa viagem de Casablanca para Marrakesh, empeça você de ir conhecer este fantástico local. Marrocos é muito legal, mas acaba ficando fora do roteiro de muita gente, a fama de assédio dos Marroquinos acaba gerando insegurança e afastando muitos visitantes. O forte dogma religioso também restringe o contato, muitas mesquitas e inclusive cidades foram proibidas para turistas por muito tempo. Mas Marrakesh é turístico, você pode usar as roupas que usa normalmente e não precisa achar que sua mulher será sequestrada e trocada por camelos. Vá com uma empresa de turismo com bons reviews e desfrute o passeio. O próximo porto foi a fantástica Cadiz, que fica na região de Andalusia na Espanha. Consideramos Cádiz um dos melhores lugares do mundo, onde encontramos centro histórico, mercado local, praia e muita vida, a poucos passos do porto. A quantidade de espécies de camarão e peixes que encontramos em Cádiz, desperta o chef que temos em cada um. Falando de comida, provamos torta espanhola, algumas tapas especiais, de veado, javali e ovas de bacalhau, acompanhados de um chop Estrella Galicia bem gelado. As tapas espanholas, são na realidades pratos bem gourmets, para apenas uma pessoa. No cardápio muitas vezes tem a opção de Tapa, 1/2 prato ou inteiro. Entre os meses de Abril e Julho, pode-se encontrar um dos pratos mais procurados de Cadiz, caracóis. Provamos, é claro, e o sabor é muito semelhante ao Escargot. Para comer essa iguaria se necessita de tempo e paciência, pois cada prato vem com mais de 100 caracóis. As ruas de Cádiz levam a diferentes praias, restaurantes, monumentos, porto e é impossível não se encantar com este lugar, e pensar até em viver por aqui. A facilidade de locomoção por terra ou mar, leva a qualquer viajante pensar em ter uma casa como base em Cadiz. Seguindo a trip, paramos na não menos interessante, Málaga. Em Málaga você pode visitar La Alcazaba, um forte de natureza Islâmica e que nos mostra um pouco da histórica disputa por território e poder entre cristianismo e Islamismo. Málaga é famosa por ser berço de Antonio Banderas e de um dos maiores pintores da história, Pablo Picasso. É fácil encontrar a casa onde Picasso nasceu, chamada Casa Natal. Na casa você encontra um pequeno acervo de artefatos de sua infância e algumas de suas artes. A maior coleção de pinturas pode ser encontrada a minutos de distância, no Museu de Picasso. Continuando o passeio, uma das paradas principais é o Mercado Ataranzas, onde azeitonas e peças de porco envoltas na manteiga são a atração principal. E que tal uma lula maior que a sua mão? Uma paradinha para o churros com chocolate e café com leite, na casa Aranda, é quase que obrigatória. Um dos bares mais antigos e famosos de Málaga, é o El Pimpi. Ponto de parada de celebridades, como Rafael Nadal, El Pimpi oferece pratos como o Rabo de Touro e vinhos secos (raridade em Málaga), como o Albarinho, que cai perfeitamente com frutos do mar. Uma outra pedida excelente é o Vermuth, popular na cidade, é na realidade vinho branco, infuso em raízes, flores, sementes, ervas e especiarias. Ele pode ser usado como aperitivo ou até em receitas da culinária local, como a paella, em substituição do vinho branco. E falando nela... Agora se você quiser um prato local mesmo, não pode deixar de passar na praia la Malagueta, que fica do lado do Porto, e provar o Espeto, que é sardinha grelhada. Os bares desta região se chamam Chiringuitos. Então escolha um Chiringuito a beira da praia, ordene a sardinha, esprema um limão e desfrute desta iguaria com um fantástico albarinho ou moscatel seco de Málaga. Quase esquecemos de falar da melhor e mais simples entrada possível que você possa encontrar para um prato de peixes… Apenas pão fresco, molhado no azeite espanhol e Vinagre de Jerez. Aliás, em Málaga e Cadiz, é comum que as pessoas tomem vinho Sherry, pela proximidade de Jerez de la fronteira. Se quiser saber mais sobre este vinho, veja o post sobre nossa visita a Jerez aqui: https://www.locoporvino.com/blog/vinhos-sherry-fazenda-de-jamon-e-paella Pertinho da Catedral de Málaga, está um empório de iguarias locais chamado Zoilo, onde voce encontra meio litro de cerveja por 1 Euro. Eita... Enfim, se você pensa em visitar a Espanha, claro que deve ir a Barcelona e Madrid, mas não se espante se gostar mais de Málaga e Cádiz. Finalizamos o cruzeiro por Barcelona... E ai vale ou não a pena a travessia pelo Atlântico?
Agora iremos rumo a Portugal, onde vamos compartilhar as maravilhas daquele País. Salud!
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Andre & Karla
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